sábado, 8 de outubro de 2011

CONCEPÇÕES DE ENSINO APRENDIZAGEM

Por muito tempo persistiu o conceito de aprendizagem (fundamentado na teoria behaviorista), como sendo mudança de comportamento resultante de condicionamentos, considerados como estratégia fundamental de se organizar as manifestações objetivas da atividade humana. Tal conceito influenciou a ação pedagógica quando a escola ao objetivar transmitir conhecimentos, estimular a formação moral ou até mesmo, onde não era dado ao aluno o direito de divergir, sugerir, etc, desenvolver uma consciência crítica aos alunos, deveria recorrer aos processos de condicionamento.   O que se pretendia era exatamente a formação do ser humano submisso subserviente. Com a transformação da escola brasileira de clássica para tecnicista, os processos escolares passaram a ser abordados de maneira igual, ou seja, favorecendo e estimulando o emprego da chamada “psicologização tecnicista” a qual utilizava os fundamentos teóricos para assegurar a autoridade escolar do professor, ou seja, garantindo ao mesmo decidir o quê, como e a quem condicionar. Assim sendo, o professor continuava a ser o “dono da verdade” e o aluno o “aprendiz submisso”.

Significativo avanço nas tendências pedagógicas e conseqüentemente na ação docente foi sem dúvida o surgimento das teorias construtivistas e interacionistas fundamentadas no pensamento de Piaget, quando a nova concepção de aprendizagem estava vinculada ao processo de conhecimento, também denominado de processo cognitivo, e não mais no processo de condicionamento, ou seja, através da inteligência o ser humano age, aprende e, “constrói conhecimentos que lhe possibilitam uma interação cada vez melhor com o meio, por mais adverso que este lhe seja (cf. Piaget, 1973).
Com isso começou a dar à criatividade do aluno, o estímulo que a escola passou a propiciar no sentido de dar liberdade ao aprendiz de uma maior participação no processo escolar, podendo argumentar, sugerir e principalmente, socializar os conhecimentos.
Uma outra teoria que merece destaque, até porque fundamentou e continua contribuindo na construção de novas metodologias é a teoria da aprendizagem de Ausubel, também denominada de teoria da aprendizagem significativa a qual “propõe que os conhecimentos prévios dos alunos sejam valorizados, para que possam construir estruturas mentais utilizando, como meio, mapas conceituais que permitem descobrir e redescobrir outros conhecimentos, caracterizando, assim, uma aprendizagem prazerosa e eficaz”. (autor)
A aprendizagem escolar tornar-se mais significativa quando o aluno tem a chance tanto de trabalhar um determinado conteúdo sob diferentes enfoques, quanto relacionar esse conteúdo com outros mais.

Hoje  os avanços científico-tecnológicos ocorrem de forma imprevisível e inimaginável cuja amplitude e velocidade muitas vezes nos deixam  diante da constante necessidade de atualização. Com isso ficamos frente a frente com as novas tecnologias que significa um novo pensar, novos caminhos para construir o conhecimento de forma prazerosa e lúdica.

PRINCIPAIS TEORIAS:

condicionamento de Behavior;
o construtivismo e interacionismo de Piaget;
a aprendizagem significativa de Ausubel;



e mais recentemente,
as tecnologias da inteligência de Pierre Lèvy.

mAS, nós educadores,  PRECISAMOS refletir sobre a nossa própria prática. Porque na verdade não existe aquele que ensina. Mas, o que há é uma troca de conhecimento. O educador também aprende.
Serres (1993),  diz que, para que haja aprendizagem, exige-se uma viagem, uma partida... O aprender é uma busca incessante da sabedoria, é a busca do “lugar mestiço”. Afirma: “nada aprendi sem que tenha partido, nem ensinei ninguém sem convidá-lo a deixar o ninho”. Muitas vezes em nossa prática, impedimos nossos alunos de qustionar, optar, etc. As vezes, por insegurança ou mesmo por pensar que sair da rotina é muito trabalhoso.